Verde de fome, azul dependendo do angulo.
Mas ja eram quatro da manhã. Comer ou não comer, ou ainda pior, o que comer?
Lembrou da viagem a São Paulo onde enfrentou o mesmo dilema.
Avisou no twitter que estava na cidade, em uma hora estava no bar com uma completa desconhecida. O mundo é grande, as possibilidades beiram o infinito, mas o dilema então era o mesmo, comer ou não comer?
Comeu, não teve muita conversa. Uma fatia enorme de chocotone e um copo de suco de graviola.
A satisfação no ato é bem menos intensa que o arrependimento, fez mas não deveria, lambuzou-se mas sabe que tinha de ter ficado limpo.
Pensou melhor e decidiu que nada é tão desprezível quanto o arrependimento, afinal, arrepender-se pra que? Ja esta feito, não vai mudar. E sabe-se lá, se sentir novamente da mesma maneira, não tornará a fazer.
"Será que ter disciplina, andar na linha, pra não me arrepender depois, seria uma boa?” Procurava um caminho.
Mas como? O problema é que as atitudes são como whisky, você descobre se foram boas ou não no dia seguinte.
Por outro lado, olhando ao redor e assistindo as pessoas com poucos arrependimentos, ele preferia os seus. "Deus me livre de ter uma vida tão chata. Tão cheia de nada, não há arrependimentos e logo também não há historias" e historias para ele, também eram a sua vida.
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